- Parte Um
Escuridão, assim era tudo. Nada existia, nada vivia, nada era como conhecemos hoje, mas desse nada infinito uma luz de esperança surgiu. Um som agudo percorreu por toda dimensão do caos. Uma luz apareceu e Elisah então viveu.
“q-qq-qquem sou eu?”
“aonde estou?”
“por que estou aqui?”
- Parte Dois - Elisah
Eu nunca cheguei a responder essas perguntas, mas não existia tempo, eu poderia pensar a vontade até achar as respostas que queria. Por muito “tempo” procurei respostas, nunca achei nenhuma, mas sempre criava palpites para ver o que era melhor. Percorri por uma grande proporção daquela escuridão de nada.
Sempre seguia para frente, mas não achava nada. Mudei de direção, mas nada existia. Dessa imensidão escura pensei em nomear os lados como as direções que conhecemos hoje, que são: norte, sul, leste, oeste. No grande infinito passou a surgir alguma coisa, mesmo que só na minha imaginação.
Sempre que não entendia as coisas e uma sensação de desespero me batia, eu olhava meu cabelo, não sei, mas olhar par ele me acalmava.
Pelo que chamaríamos hoje de “anos”, fiquei muitos deles pensando, mas acabei descobrindo uma coisa, eu sentia... Parece fútil falando assim, mas foi sentindo que segui caminhos que me fizeram inventar as direções e seria sentindo que eu criaria o mundo.
- Parte Três - Elisah
Vaguei sem rumo por muito tempo, muitos anos, talvez alguns séculos. Comecei a me desesperar mais uma vez, olhei para o cabelo por um bom tempo. Como não existiam as cores ele era branco, também era todo enfeitado. Tinham algumas penas no cabelo.
Arranquei uma das penas e fiquei a segurando por um tempo. Ela estava ficando quente, joguei a pena um pouco a frente. E de novo, eu estava sentindo, a mesma coisa que aconteceu par criar os nomes das direções. Eu disse “velocidade” e ganhei um companheiro.